Início Linux O que é Linux e qual sua história e distribuições?

O que é Linux e qual sua história e distribuições?

925
0

Neste artigo, você vai aprender o que é Linux, como surgiu o Linux, o que é uma distribuição do Linux e outras informações importantes sobre o Linux. Para isso temos que voltar no passado para entendermos algumas questões.

Em 1983, Richard Stallman iniciou o projeto GNU com o objetivo de criar um sistema operacional livre tipo o UNIX, o sistema operacional mais usado na época, tanto comercialmente quanto em instituições acadêmicas. GNU significa: “GNU is Not Unix (GNU Não é Unix)”. Como parte deste trabalho, Richard Stallman também criou a GNU General Public License (GPL).

Em 1987, o MINIX, um sistema semelhante ao Unix foi criado por Andrew S. Tanenbaum sendo disponibilizado principalmente para servir de auxílio no ensino de computação. Trata-se de um sistema operacional simples, que exige poucos recursos de hardware. Enquanto o código-fonte do sistema estava disponível, a modificação e a redistribuição eram restritas.

No início dos anos 90, o projeto GNU havia quase todo software disponível suficiente para criar um sistema operacional completo. No entanto, o kernel GNU, chamado Hurd, não conseguiu atrair suficiente esforço de desenvolvimento, deixando o GNU incompleto.

O Unix era o sistema operacional mais usado e o primeiro processador de 32 bits da Intel, o 80386, se tornou um chip amplamente utilizado em PCs. Para as pessoas da época o Unix era caro demais e o MINIX não tirou o máximo proveito do chip de 32 bits da Intel.

Quando em 1991, um estudante de ciência da computação de 21 anos chamado Linus Torvalds anunciou que iria criar um novo sistema operacional inspirado no MINIX, mas escrito do zero.

O Linux começou como um projeto no qual Linus queria construir um sistema Unix simples que pudesse ser executado em um PC baseado 80386.

O que Linus Torvalds criou foi o núcleo Linux publicado pela primeira vez sob sua própria licença com restrições para uso comercial. A GPL só foi adotada em 1992, já que o Linux já era utilizado com software GNU.

GNU/Linux

O que chamamos hoje de sistema operacional Linux é realmente a combinação de dois esforços no início dos anos 90.

Richard Stallman estava procurando criar uma alternativa verdadeiramente livre e de código aberto. Ele estava trabalhando nos utilitários e programas sob o nome GNU.

Embora houvesse um projeto de kernel em andamento, acabou não concluindo, e sem um kernel, o sonho do sistema operacional de código aberto e livre não pôde ser criado.

Mas com o trabalho de Linus Torvald ao criar o kernel Linux funcional e viável deu vida ao sistema operacional completo. Dado que o Linus estava usando várias ferramentas GNU (por exemplo, o GNU Compiler Collection, ou GCC ), o casamento das ferramentas GNU e do kernel do Linux foi uma combinação perfeita.

Torvalds lançou o kernel Linux em setembro de 1991. Uma comunidade de desenvolvedores trabalhou para integrar componentes GNU com o kernel de Torvalds para criar um sistema operacional completo e gratuito conhecido geralmente por Linux.

Como o kernel do Linux está sob a licença GNU GPL, além do tradicional PC, ele é amplamente usado em automóveis, dispositivos de streaming, dispositivos domésticos, dispositivos de Interne e muito mais. A maior parte da internet depende do Linux através da plataforma Apache HTTP Server instalada nos servidores.

Origem do nome Linux

Inicialmente Torvalds atribuiu ao kernel o nome Freax, uma mistura de free com freak e a letra ‘x’, para lembrar o Unix. Para facilitar o desenvolvimento, os arquivos foram enviados para o servidor FTP (ftp.funet.fi) do FUNET em setembro de 1991.

Ari Lemmke da Universidade de Tecnologia de Helsinque (HUT), que era um dos administradores voluntários do servidor FTP não achou que “Freax” era um bom nome. Então, ele nomeou o projeto para “Linux” no servidor sem consultar Torvalds. Mais tarde, no entanto, Torvalds consentiu em “Linux”.

Kernel Linux

No uso popular, “Linux” geralmente se refere a um grupo de distribuições do sistema operacional construídas em torno do kernel do Linux. No sentido mais estrito, porém, o Linux refere-se apenas à presença do próprio kernel.

Para construir um sistema operacional completo, as distribuições Linux geralmente incluem ferramentas e bibliotecas do projeto GNU. Uma grande parte das ferramentas básicas que formam o sistema operacional são originadas do projeto GNU; daí os nomes: GNU/Linux. Achar que o Linux é o próprio sistema operacional, como interfaces gráficas ou aplicativos, é uma visão bastante limitada.

O kernel do Linux é o núcleo de controle do sistema operacional. É o intermediário entre software e hardware. No entanto, para ter um sistema operacional útil, você precisa de outros componentes além do kernel. Esses componentes podem incluir bibliotecas do sistema, interfaces gráficas do usuário, utilitários de email, navegadores da Web e outros programas.

Componentes básicos do Kernel

kernel

kernel é o núcleo do sistema operacional. Estabelece comunicação entre dispositivos e software. Além disso, gerencia os recursos do sistema, como:

  • Gerenciamento de dispositivos: Um sistema tem muitos dispositivos conectados a ele, como CPU, dispositivo de memória, placas de som, placas gráficas, etc. O kernel gerencia a comunicação entre todos os dispositivos.
  • Gerenciamento de memória: Outra função que o kernel gerencia é o gerenciamento de memória. O Kernel mantém um registro da memória utilizada e não utilizada.
  • Gerenciamento de processos: O kernel gerencia os processos e também lida com informações de segurança.

Distribuições Linux

Linux é um software de código aberto. Isso significa que qualquer pessoa pode usar, copiar, estudar e alterar o software da maneira que escolher, desde que o código-fonte seja compartilhado abertamente com outras pessoas.

Como o Linux sendo um software livre e de código aberto, isso levou o aumento das distribuições Linux. Em todos os casos, o código-fonte é gratuito, mas em alguns casos, a distribuição não é livre. Por exemplo, você tem que pagar uma licença para rodar o RedHat Enterprise Linux. No entanto, a RedHat lança seu código-fonte para qualquer um baixar.

Uma distribuição Linux é o kernel do Linux e uma coleção de softwares que, juntos, criam um sistema operacional. Cada distribuição tem seus próprios objetivos e áreas de foco. Sua escolha de distribuição dependerá do que você está tentando realizar.

Existem distribuições que são comerciais. Essas distribuições Linux comerciais são apoiadas por corporações e você precisa pagar pelo suporte delas. Existem distribuições Linux não comerciais. Estes são mantidos por uma comunidade de voluntários.

Você tem distribuições Linux projetadas para uso no servidor, outras que são projetadas para uso em desktop, algumas com foco em pesquisa e ciência. Existem centenas de distribuições Linux.

Praticamente todos os programas que são executados no Windows você pode encontrar um semelhante que será executado no Linux. Por exemplo: Há um pacote chamado OpenOffice (ou LibreOffice) que disponibiliza Editor de Texto, Planilha, etc, semelhante ao Word, Excel e outros da Microsoft.

Você pode usar o navegador Firefox para enviar e-mails e navegar na Internet. Existem inúmeros MP3 players, incluindo o XMMS, o Amarok e o Audacious. Existe até um programa gráfico completo chamado The Gimp que oferece uma alternativa ao PhotoShop.

Como o kernel do Linux é livre para usar, você pode obter diferentes “distribuições” baseadas em Linux, mas nem todos os sistemas operacionais baseados em Linux são iguais, apesar de usar o mesmo kernel.

Por exemplo, existem mais de dez interfaces gráficas diferentes que foram criadas para a plataforma Linux, incluindo as populares soluções Unity, GNOME, KDE Plasma, Pantheon e Fluxbox. Mas muitas distribuições também incluem componentes proprietários, portanto, enquanto eles são livres para usar, eles não são livres para alterar e redistribuir.

A Microsoft faz algo semelhante com o Windows 10, embora a empresa mantenha o código fechado. A Microsoft vende diferentes distribuições, dependendo do hardware: Windows 10 Pro / Home, Windows 10 Mobile, Xbox One, Windows 10S e assim por diante.

Atualmente, existem várias distribuições diferentes disponíveis, mas apenas algumas são 100% de software livre.

Aqui está uma lista dos sistemas operacionais baseados em Linux mais populares que você pode usar:

  • Ubuntu
  • Mint Linux
  • Fedora
  • Debian
  • CentOS
  • openSUSE
  • Arch Linux
  • Manjaro
  • Antergos
  • Solus
  • Deepin

Enquanto isso, também existem distribuições baseadas em Linux criadas especificamente para o mercado de servidores. Como o RedHat Enterprise Linux e o SUSE Enterprise Linux Server.

Existem sistemas operacionais baseados em Linux fornecidos em dispositivos que você usa e talvez nem sabe. O Android instalado no seu Smartphone é um exemplo. O Android é fornecido principalmente em smartphones e tablets.

Estas são apenas algumas das distribuições mais populares do Linux.

A licença do Linux

O Linux é executado em muitas plataformas de hardware, desde dispositivos de rede dedicados, telefones, computadores pessoais e até supercomputadores.

Normalmente, os sistemas operacionais UNIX proprietários são executados apenas em seu hardware. Por exemplo, o HPUX é executado somente em servidores HP, o AIX é executado apenas em servidores IBM. Já o Linux pode ser executado na HP, IBM e outros servidores.

Linux foi desenvolvido em hardware de PC usando processadores Intel. Com o tempo, o Linux foi portado para mais plataformas de hardware do que qualquer outro sistema operacional.

Inicialmente Linus Torvalds aplicou ao Linux uma licença própria, que tinha restrições para uso comercial. A GPL só foi aplicada em 1992, já que o Linux já era utilizado com software GNU.

A GPL é uma licença criada pela Free Software Foundation (organização fundada por Richard Stallman) baseada nas seguintes liberdades:

  • A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0).
  • A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo às suas necessidades (liberdade nº 1). O acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
  • A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade nº 2).
  • A liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade beneficie deles (liberdade nº 3). O acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.

Um software não pode utilizar a GPL se não corresponder a todos esses requisitos.

Espero que as informações tenham sido útil para você!

E para manter-se sempre bem informado, CLIQUE AQUI e assine gratuitamente nossa newsletter para receber os novos artigos!

Até mais…

LEIA TAMBÉM:

Certificação Linux Carreira Essentials, LPIC-1, LPIC-2 e LPIC-3

Curso Linux LPIC-1 e CompTIA Linux+ para Certificação

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui